Infraestrutura

Obra de esgoto de Camobi só fica pronta em 2018 se tiver mais dinheiro

Devem ser acertados, nos próximos dias, os detalhes para a assinatura de renovação do contrato entre a prefeitura de Santa Maria e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para prestação de serviços de saneamento e esgoto na cidade.

Desde 23 de junho, a parceria venceu, e um aditivo foi assinado pelo prazo de 45 dias para a manutenção das obras em andamento, entre elas, a de implementação da rede de esgoto no Bairro Camobi (leia mais abaixo). Hoje, uma reunião deve finalizar os detalhes técnicos do documento para que o serviço seja prestado por mais 35 anos.

Prefeitura faz 11 exigências para renovar contrato com a Corsan por mais 30 anos

– Há questões bem técnicas de engenharia, de funcionamento operacional do sistema, que precisamos garantir que estejam corretas no contrato, para que o município possa fazer as cobranças depois. Há muitas coisas que precisamos levar em consideração, como o crescimento populacional e as operações técnicas necessárias para a solução de problemas de falta de água, entre outras – explica a procuradora jurídica do município, Rossana Chuch Boeira.

Ela acredita que o documento deva ficar pronto nos próximos dias. Falta apenas definir alguns pontos específicos:

Executivo e Corsan prorrogam contrato em Santa Maria 

– São coisas que precisamos entender tecnicamente como funcionam para que o contrato seja preciso e especifique todos os detalhes do serviço contratado e para que possamos, por exemplo, prever multas automáticas caso o combinado não seja cumprido. Nossa intenção é que a Corsan aceite o que foi solicitado pela prefeitura. 

O QUE ESTÁ EM JOGO NA RENOVAÇÃO DO CONTRATO

Foto: DSM / DSM

ESGOTO DE CAMOBI

Foto: Gabriel Haesbaert / NewCO DSM

Enquanto os trâmites burocráticos são encaminhados, as equipes da Sulcava, empresa terceirizada contratada pela Corsan, seguem trabalhando na rede de esgoto de Camobi. De acordo com o superintendente regional da Corsan, José Roberto Ceolin Epstein, ontem, cinco frentes de trabalho se dividiam entre a colocação de tubulação e a pavimentação de ruas que tiveram problemas em decorrência das escavações. Atualmente, 50% da empreitada está concluída e, até outubro, a previsão é de que 70% do trabalho esteja pronto.

– Não conseguiremos concluir com o valor que foi contratado inicialmente com a Sulcava e, com o saldo financeiro acordado, ficarão faltando 30%. Ainda vamos ver se faremos nova licitação ou um aditivo, mas, acreditamos que será necessário um investimento de mais R$ 4 mihões ou R$ 5 milhões para finalizar tudo – diz Epstein.

"Não poderá acontecer de as pessoas ficarem vários dias sem água", diz prefeito de Santa Maria

De acordo com o superintendente, o trânsito de caminhões peados sobre as ruas de paralelepípedo de Camobi, além de alguns desmoronamentos durante as escavações, ocasionaram os gastos extras:

– Entramos no bairro para fazer a obra, acabamos estragando algumas ruas e entendemos que não seria justo não recuperar a pavimentação. Em muitas vias, tivemos de refazer, no mínimo, a pavimentação de metade da rua. Além disso, as escavações profundas acabaram ocasionando desmoronamentos, o que nos exigiu mais trabalho. Mas, nossa intenção, feito o aditivo ou a nova licitação, é retomar as obras no início do ano que vem e terminar tudo até o fim de 2018.

OS TRANSTORNOS

Moradora da Rua Álvaro Hoppe, a dona de casa Angela Fernandes, 25 anos, só quer que a obra na frente da casa dela acabe. De acordo com ela, as equipes estão trabalhando no local desde dezembro do ano passado. Ontem, a pavimentação da via estava sendo refeita.

– Meu marido já cortou pneu do carro saindo de casa porque a rua está nesse estado. A gente está cansado disso. É horrível! 

Aditivo de até 45 dias separa efetivação do contrato entre prefeitura de Santa Maria e Corsan

Entre as exigências da prefeitura para a renovação do contrato, está a finalização da empreitada em Camobi nos próximos três anos. 

– Estamos prevendo um prazo com folga de tempo prevendo que imprevistos possam acontecer. Nós ouvimos empresas especializadas para verificar o que é exequível nesse período. Nossa barganha é por obras de qualidade. Não queremos que os canos sejam colocados de qualquer jeito para que prazos sejam cumpridos. Queremos que sejam obras bem feitas e que possamos acompanhar a execução – explica Rossana.


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