Devem ser acertados, nos próximos dias, os detalhes para a assinatura de renovação do contrato entre a prefeitura de Santa Maria e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para prestação de serviços de saneamento e esgoto na cidade.
Desde 23 de junho, a parceria venceu, e um aditivo foi assinado pelo prazo de 45 dias para a manutenção das obras em andamento, entre elas, a de implementação da rede de esgoto no Bairro Camobi (leia mais abaixo). Hoje, uma reunião deve finalizar os detalhes técnicos do documento para que o serviço seja prestado por mais 35 anos.
Prefeitura faz 11 exigências para renovar contrato com a Corsan por mais 30 anos
– Há questões bem técnicas de engenharia, de funcionamento operacional do sistema, que precisamos garantir que estejam corretas no contrato, para que o município possa fazer as cobranças depois. Há muitas coisas que precisamos levar em consideração, como o crescimento populacional e as operações técnicas necessárias para a solução de problemas de falta de água, entre outras – explica a procuradora jurídica do município, Rossana Chuch Boeira.
Ela acredita que o documento deva ficar pronto nos próximos dias. Falta apenas definir alguns pontos específicos:
Executivo e Corsan prorrogam contrato em Santa Maria
– São coisas que precisamos entender tecnicamente como funcionam para que o contrato seja preciso e especifique todos os detalhes do serviço contratado e para que possamos, por exemplo, prever multas automáticas caso o combinado não seja cumprido. Nossa intenção é que a Corsan aceite o que foi solicitado pela prefeitura.
O QUE ESTÁ EM JOGO NA RENOVAÇÃO DO CONTRATO

ESGOTO DE CAMOBI

Enquanto os trâmites burocráticos são encaminhados, as equipes da Sulcava, empresa terceirizada contratada pela Corsan, seguem trabalhando na rede de esgoto de Camobi. De acordo com o superintendente regional da Corsan, José Roberto Ceolin Epstein, ontem, cinco frentes de trabalho se dividiam entre a colocação de tubulação e a pavimentação de ruas que tiveram problemas em decorrência das escavações. Atualmente, 50% da empreitada está concluída e, até outubro, a previsão é de que 70% do trabalho esteja pronto.
– Não conseguiremos concluir com o valor que foi contratado inicialmente com a Sulcava e, com o saldo financeiro acordado, ficarão faltando 30%. Ainda vamos ver se faremos nova licitação ou um aditivo, mas, acreditamos que será necessário um investimento de mais R$ 4 mihões ou R$ 5 milhões para finalizar tudo – diz Epstein.
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De acordo com o superintendente, o trânsito de caminhões peados sobre as ruas de paralelepípedo de Camobi, além de alguns desmoronamentos durante as escavações, ocasionaram os gastos extras:
– Entramos no bairro para fazer a obra, acabamos estragando algumas ruas e entendemos que não seria justo não recuperar a pavimentação. Em muitas vias, tivemos de refazer, no mínimo, a pavimentação de metade da rua. Além disso, as escavações profundas acabaram ocasionando desmoronamentos, o que nos exigiu mais trabalho. Mas, nossa intenção, feito o aditivo ou a nova licitação, é retomar as obras no início do ano que vem e terminar tudo até o fim de 2018.
OS TRANSTORNOS
Moradora da Rua Álvaro Hoppe, a dona de casa Angela Fernandes, 25 anos, só quer que a obra na frente da casa dela acabe. De acordo com ela, as equipes estão trabalhando no local desde dezembro do ano passado. Ontem, a pavimentação da via estava sendo refeita.
– Meu marido já cortou pneu do carro saindo de casa porque a rua está nesse estado. A gente está cansado disso. É horrível!
Aditivo de até 45 dias separa efetivação do contrato entre prefeitura de Santa Maria e Corsan
Entre as exigências da prefeitura para a renovação do contrato, está a finalização da empreitada em Camobi nos próximos três anos.
– Estamos prevendo um prazo com folga de tempo prevendo que imprevistos possam acontecer. Nós ouvimos empresas especializadas para verificar o que é exequível nesse período. Nossa barganha é por obras de qualidade. Não queremos que os canos sejam colocados de qualquer jeito para que prazos sejam cumpridos. Queremos que sejam obras bem feitas e que possamos acompanhar a execução – explica Rossana.